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sábado, 1 de maio de 2010

Almas Isoladas


Retiro-me da cidade
Rumo a lugares sombrios e desertos
Sob a garoa da noite, caminho em becos escuros


Lá, encontro o que muitos buscam na escuridão
Um momentâneo prazer, algo vazio e sem vida
Pobres almas isoladas
Que se deixam levar pelo fascínio ao oculto
A um enrustido altar de sacrifícios ao maligno
Lugar onde suas vidas são atraídas pelo louvor à morte


A melodia que se ouve é o lamento de suas almas sendo violentadas
Tendo sua pureza tomada à força
Enquanto
Seus espíritos são esquartejados lentamente
Em oferendas malditas aos seres do mal


Poucos minutos para a meia-noite
As portas do casarão começam a serem abertas


E o que teremos hoje?


Mais tristeza
Mais depressão


Talvez assistiremos mais uma vez
Ao mesmo masoquismo teatral
Com os gritos de sofrimento ecoando ao fundo
A adoração à própria sombra, o desejo da morte


Será que nada mais nos pode ser acrescentado


Vagando madrugada a dentro
O que se ouve são os gemidos angustiados
De vidas amarguradas que nunca viveram o verdadeiro e intenso amor


O amor que ultrapassa todas as barreiras
Da frieza e morbidez que há nos corações humanos
Amor que suporta e vence todas as adversidades e lutas deste mundo tenebroso
E que foi capaz de derramar o seu próprio sangue por aqueles a quem tanto ama


Este amor rompeu os grilhões da morte
Almas isoladas tem sido encontradas e resgatadas
Por aquele que ressuscitou do mundo dos mortos
Trazendo consigo as chaves das cadeias que as escravizam


Ele vem para trazer um novo sentido a vida
E preencher os corações com verdadeira paz e verdadeiro amor


Por: Edson Moura.

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