ESTOU TATUANDO EM NOVO ENDEREÇO!!!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

O Choro Da Sua Alma

Os familiares não conseguem enxergar
E são poucos os amigos que percebem
O quanto aquela pessoa que eles amam
Vai se distanciando
De tudo aquilo
Em que ela tanto acreditava

Durante muito tempo se esforçou
Ao longo dos anos
Empenhou-se ao Maximo
Para dar o seu melhor

Mas enquanto os pacientes saravam
Recebendo em mãos
A alta que tanto aguardavam
O seu médico ia definhando aos poucos
Morrendo sozinho
Dentro de si mesmo
Atormentado em um grande
Hospital dos horrores

Construído pelo psicológico
Da sua mente doentia
Que ilusoriamente
Sempre acreditou que encontraria a cura
Para o seu próprio mau
Tratando e resolvendo os problemas
Que machucam as almas das outras pessoas

Não se iluda com a solução
Que a medicina acha que pode te oferecer

Cansaço
Desanimo
E vontade de desistir
São sintomas de coisas que os remédios
Não podem curar

Quem é feliz não sabe
Mas a frustração
É como um prego enferrujado
Cravado na carne da pessoa
Que não conseguiu realizar
Os seus próprios sonhos

Você adotou uma criança
Tratou as feridas dela
Brincou e sorriu
Quando viu que ela se divertia
Estando junto de você

Mas no dia em que pela primeira vez
Ela te chamou de papai
A alegria que há anos não te visitava
Não te deixou contar a história
Do latão de lixo
Onde ela foi encontrada

Foi como se falar a verdade
Não fosse justo
Para com o coraçãozinho
Daquele pequenino ser

Veja o cravo
A sentença de morte

Carne exposta a apodrecer
Uma ferida profunda e aberta
Causada por traumas do passado
Lembranças duras
De um consultório médico
Que o tempo não conseguiu apagar

Os anos passaram
A ele foi ensinado o caminho de Deus
E um dia contada
Toda a verdade

Tocar nas feridas causa mais dor
Mas é preciso tratar
Custe o que custar
Eu preciso sarar

Ontem à noite
Eu vi o meu filho ajoelhado
Dentro do seu quarto
Chorando por mim em suas orações
E hoje quando ele me viu
Assim que o dia amanheceu
Correu em minha direção
Dando-me o abraço mais caloroso
Que eu já recebi
Enquanto dizia em meus ouvidos
Papai eu te amo

Se ele não me abandonou
E nem me rejeitou
Fica mais fácil de entender e compreender
O porque
Que o meu Deus também
Nunca me abandonara.

Por: Edson Moura.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Mórbido Amor A Espera De Um Carro Fúnebre

Mórbido Amor A Espera De Um Carro Fúnebre



Triste melodia que meus ouvidos ouvem
Penetrando na noite com seus fúnebres acordes
Tocando nos mais profundos sentimentos da alma
Semeando na mente humana
Pensamentos de morte
Levando muitos a uma frenética busca pelos prazeres da dor


Nos ouvidos não entram mais palavras de ternura
E a pele não recebe mais o toque do carinho
O que sentem
São as lâminas que cortam e dilaceram a carne sem piedade
Rosto pálido e frio anseia pelo calor da paixão


Mas como amar se não existe no peito dedicação á própria vida
O que existe é uma completa perda de valores morais
Prostituição total
Vidas amarguradas desonram seus corpos em depravações e orgias


Na busca de um amor estranho e mórbido
Trilham por caminhos perigosos que não lhes permite voltar


No passado andei por corredores obscuros
Buscando satisfazer meus próprios desejos
Mas o que encontrei foi uma espada a beira do caminho
No seu reflexo deformado, assustei-me com a visão do terror
Reservada aos que foram até o fim


Aço prateado banhado em sangue
Corpos mutilados à beira do abismo
Descendo aos poucos a um gigantesco crematório


Será isso loucura da minha mente
Desejar mostrar lhes um caminho de paz


Oh Deus!
Te compreenderão nesse momento
Quando tu revelares o que é devido a salvação
Tento falar-lhes, mas muitos me ignoram, afastando-se de mim


Observem então, ó povo da escuridão
Olhem, sintam
O cheiro da morte tem se espalhado
Impregnando almas condenadas
Que insistem em trilhar rumo ao seu próprio fim
Rejeitando e negando o nome do único que pode salvá-las


JESUS CRISTO.



Por: Edson Moura.

sábado, 1 de maio de 2010

Almas Isoladas


Retiro-me da cidade
Rumo a lugares sombrios e desertos
Sob a garoa da noite, caminho em becos escuros


Lá, encontro o que muitos buscam na escuridão
Um momentâneo prazer, algo vazio e sem vida
Pobres almas isoladas
Que se deixam levar pelo fascínio ao oculto
A um enrustido altar de sacrifícios ao maligno
Lugar onde suas vidas são atraídas pelo louvor à morte


A melodia que se ouve é o lamento de suas almas sendo violentadas
Tendo sua pureza tomada à força
Enquanto
Seus espíritos são esquartejados lentamente
Em oferendas malditas aos seres do mal


Poucos minutos para a meia-noite
As portas do casarão começam a serem abertas


E o que teremos hoje?


Mais tristeza
Mais depressão


Talvez assistiremos mais uma vez
Ao mesmo masoquismo teatral
Com os gritos de sofrimento ecoando ao fundo
A adoração à própria sombra, o desejo da morte


Será que nada mais nos pode ser acrescentado


Vagando madrugada a dentro
O que se ouve são os gemidos angustiados
De vidas amarguradas que nunca viveram o verdadeiro e intenso amor


O amor que ultrapassa todas as barreiras
Da frieza e morbidez que há nos corações humanos
Amor que suporta e vence todas as adversidades e lutas deste mundo tenebroso
E que foi capaz de derramar o seu próprio sangue por aqueles a quem tanto ama


Este amor rompeu os grilhões da morte
Almas isoladas tem sido encontradas e resgatadas
Por aquele que ressuscitou do mundo dos mortos
Trazendo consigo as chaves das cadeias que as escravizam


Ele vem para trazer um novo sentido a vida
E preencher os corações com verdadeira paz e verdadeiro amor


Por: Edson Moura.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

quarta-feira, 31 de março de 2010

Desprezo E Solidão

 
Encenei uma peça teatral
Dentro de uma sala de aula


Em uma atuação dramática
Pude expressar todo o sentimento do meu personagem


Que desolado e abatido
Refletia toda a sua angustia
Gerada dentro de uma alma aflita e perturbada


Que durante muitos anos sofreu amargamente
Com a perseguição insana de uma sociedade egoísta
Criada por pessoas individualistas e preconceituosas


Que insistem em excluir do seu convívio
Tudo aquilo que lhes parecem estranho
E que não tem se encaixado com os seus padrões sociais


Abortando com suas ações e palavras
Toda a alegria de uma criança
Que teve os seus sonhos destruídos
Pelas palavras duras de uma professora autoritária


Um ser amargurado com a própria vida
Que um dia despejou sobre um aluno indefeso
Toda a sua revolta Dando a ele o pior dos castigos


A solidão


Num dia em que todos aguardavam ansiosos
A alegria que viria com o tão esperado passeio


Espelhos refletem a cicatriz de um corte profundo
E nos teus olhos eu vejo a depressão


O ônibus de excursão chegou
E levou todos os alunos para o teatro municipal


La eles se divertiram e se alegraram
Enquanto era encenada uma grande e bela apresentação


Todos se emocionaram com os personagens e versos recitados
E aplaudiram entusiasmado o perfeito trabalho


De todos aqueles atores conceituados
Mas uma criança ficou para trás
Um menino deixado sozinho e desprezado
Triste dentro da sua sala de aula
A recitar os poemas da sua própria dor

Pode por ventura uma mãe se esquecer do seu filho?
Do filho do seu ventre!
Mas ainda que essa se esqueça dele
Eu toda via nunca me esquecerei de ti
Diz o Senhor.

Por: Edson Moura.

Reflexos Da Escuridão



Eram cinco horas da manhã quando ela chegou em casa
Seu olhar assustado revelava todo medo que estava dentro de si
E sem dizer nenhuma palavra pôs-se a entrar correndo em seu quarto


Aqui dentro
Portas e janelas fechadas
Horas e horas da vida que se escoa de suas veias


Lá fora
O sol forte quase mortífero
Porém nenhuma luz toca a sua pele e nunca tocara


Bela jovem ao pálido reflexo dos espelhos
Linda até na morte
Morta segue seus dias sepultada
Em um túmulo de solidão


Pois como poderei chamar isso de vida


Caminhar ao anoitecer
vagando por entre túmulos
Alimentando-se dos restos da podridão humana
Buscando nisso satisfazer uma personalidade doentia
Fantasiando uma existência obscura


Não!!!


Eu não posso aceitar esse triste viver
Sendo que no passado nossas vidas eram tão diferentes
E estar junto de ti era para mim mais importante que tudo


Ao seu lado senti as mais fortes emoções
Nos teus braços descobri o calor da paixão
E no seu carinho uma forma de amar


Agora me diz
Como esquecerei de tantas lembranças


O som dos violinos ainda toca tão forte em minha mente
Fecho os olhos e te vejo dançar


Na alegria de cada melodia
Na emoção de cada canção


O salão foi todo seu
e eu não pude te resistir
Uma dança após outra
Noites inteiras sem parar


As festas nunca chegavam ao fim


Ah! Como queríamos que tudo aquilo fosse eterno
Desejávamos que o tempo parasse
Para que assim ele imortalizasse o nosso amor


Mais o que para mim foi apenas um pensamento
Sintetizado em belas palavras
Tornou-se para ti uma incontrolável obsessão


Uma busca insana
Pelo ocultismo sombrio
Que um dia se apresentou perante ti
Dizendo ser o único a possuir aquilo que você tanto desejava


Um sangue amaldiçoado
Que te prometeu não ver mais nos espelhos
A imagem que o tempo tanto insiste em envelhecer


Trazendo em nossas vidas
Uma estaca que dividiu o rumo do nosso caminho
Me fazendo ter que escolher entre a luz e as trevas


Adeus!
Uma palavra de despedida em minha alma
Quando escolhi o melhor caminho


Os antigos casarões estão em ruínas
Breve se tornarão escombros da decadente escuridão
E o que restara do nosso passado
Será a lembrança de um doloroso amor


Em mim
Um novo viver
Uma luz no fim do túnel a qual não rejeitei
Uma porta estreita que estou prestes a abrir


Minha alma banhada em sangue
Jorrado pelo Deus da minha salvação


Em ti
Um entristecer-se ao extremo
Uma rosa que não parou de sangrar
Um corte profundo em teu peito
Que dilacerou sua alma


E te fez descer
Ao mais profundo abismo


Por: Edson Moura.